Editorial
Dos transbordamentos e das potências da alegria
Resumo
A alegria e a felicidade, diria Baruch de Spinoza lá nos idos do século XVII, não podem ser consideradas como recompensas da virtude, mas a própria virtude em si. Virtude que, para o pensador luso-holandês, está muito mais relacionada ao desenvolvimento das próprias potencialidades do ser, no que diz respeito ao poder de agir perante o cosmos, do que necessariamente uma resignação obediente às próprias determinações impostas pelo mundo. O fato de se estar feliz com aquilo que a própria potência ativamente foi capaz de produzir e realizar, é o devido desenrolar de um processo de minucioso, dedicado e ininterrupto esforço do cuidado e da atenção do ser, consigo próprio e com o universo.
É nesse sentido com o qual anunciamos este número especial de estreia de SKHOLÉ: Revista de Educação, Cultura e Subjetividade...