Manipulação de quimioterápicos pelos profissionais da saúde
Autores
Daniel Martins
Universidade Ibirapuera
Jonathan Felipe dos Santos
Universidade Ibirapuera
Milena Lobão
Universidade Ibirapuera
Camila Soares
Universidade Ibirapuera
Camilla de Paula Pereira Uzam
Resumo
O atual cenário epidemiológico indica aumento dos casos de câncer no Brasil e no mundo. Observa-se uma crescente demanda de pacientes nos serviços de saúde, à procura de atenção e tratamentos especializados. As drogas Antineoplásicas podem desencadear agravos à saúde dos profissionais atuantes na área hospitalar. A exposição contínua a essas drogas pode causar desde efeitos simples, como cefaleia, vômitos, vertigens, tonturas, queda de cabelo e hiperpigmentação da pele, como também podem evoluir para um quadro mais complexo e indesejável, podendo apresentar carcinogênese, efeitos mutagênicos e teratogênicos. Esses efeitos podem ser observados em trabalhadores que, sem proteção coletiva ou individual, preparam ou são encarregados de administrar os antineoplásicos nos pacientes, o que implica em absorção considerável dessas substâncias nos profissionais da saúde. Novas drogas são usadas no tratamento do câncer, que em contrapartida, apresentam toxicidade e efeitos adversos, o que aumenta a exposição dos trabalhadores dos Serviços de Terapia Antineoplásicas. Cabe ressaltar, que os profissionais de enfermagem possuem conhecimento apenas parcial sobre os riscos a que estão expostos durante a administração e descarte de quimioterápicos, sendo necessário investimentos na educação permanente de tais profissionais, bem como medidas mais específicas para a mensuração e verificação dos danos ocupacionais. Após análise, pode-se concluir que a avaliação da toxicidade de antineoplásicos entre os profissionais de saúde expostos à essas substâncias, pode ser um dos critérios de avaliação da saúde ocupacional, sendo assim, imprescindível dentro do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.