O treinamento pliométrico: uma revisão

Autores

  • Andrea Maculano Esteves¹ ¹ Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
  • Marco Túlio de Melo¹ ¹ Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
  • Daniel Alves Cavagnolli¹ ¹ Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
  • Adalberto Souza² ² Hospital do Servidor Público de São Paulo - IAMSPE

Palavras-chave:

, força motora, treinamento pliométrico, fuso muscular, órgão tendinoso de Golgi, componentes elásticos em série

Resumo

A Atividade Física é de grande importância na vida dos seres humanos, já que quando bem orientada e utilizada pode tornar-se um hábito de vida saudável contribuindo para uma maior expectativa de vida. Para a realização de qualquer movimento, há a necessidade da aplicação de uma força. O treinamento de força é uma forma muito utilizada para se obter o condicionamento físico e pode ser estruturado de acordo com os objetivos e necessidades de cada indivíduo. Dentro do mundo esportivo, cada modalidade possui suas manifestações particulares de força. Esportes com características explosivas, como o voleibol, basquetebol, handebol, se utilizam muito da força rápida específica de saltos. Isso ocorre devido aos inúmeros saltos decorrentes das ações específicas desses esportes. Pensando nisso, a melhor opção para o desenvolvimento desse tipo de capacidade física é o treinamento pliométrico. O treinamento pliométrico foi desenvolvido e difundido pelo mundo através de estudos da extinta URSS, tendo como princípio o impacto das quedas e sua ação nos órgãos (fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi) e a expansão dos componentes elásticos dos músculos para o aumento do salto subseqüente. Apesar de ser a característica marcante de alguns esportes, o treinamento pliométrico, ao longo dos anos, foi utilizado para modalidades com características aeróbias, como auxiliar na performance de esportes de velocidade e até com o intuito de aumentar a densidade mineral óssea de pessoas fisicamente ativas.

Palavras-chaves: força motora, treinamento pliométrico, fuso muscular, órgão tendinoso de Golgi, componentes elásticos em série.

 

Abstract

Physical Activity is of great importance in the life of human beings, as well as targeted and used can become a habit of healthy life contributing to greater life expectancy. To perform any movement, is necessary to apply force. Strength training is a common method used in order to obtain physical fitness and it can be planned according to the individual needs. In the sports world each sport has different needs of power. In sports with explosive characteristics, such as, volleyball, basketball an handball, are used power jumps series training due to the numerous jumps that happens during the games. The plyometric training is the best way to develop the explosive force. Plyometric training is was developed and spread throughout the world through the researches in URSS. These researches were based on falls impact principle, in the effects in organ proprioceptors (Muscle Spindle and Golgi Tendon Organ) and the expansion of the elastic components of the muscles to improve the performance in subsequent jumps. Despite being important characteristics of some sports plyometric training is applied for a long time in aerobic sports, to improve speed and to increase bone mineral density in individuals physically active.

Keywords: Motor Force, Plyometric Training, Muscle Spindle, Golgi Tendon Organ, Elastic components

 

Referências

Barbanti, V. J. Treinamento Físico: Bases Científicas. 3ª

ed. São Paulo, SP, CLR Balieiro, 1996.

_____________. Teoria e Prática do Treinamento Esportivo.

ª ed. São Paulo, SP, Edgard Blücher Ltda, 1997.

_____________; UGRINOWITSCH, C. O ciclo de alongamento e encurtamento e a performance no salto vertical. Revista Paulista de Educação Física, v. 12, n. 1, p. 85-94, janeiro a junho de 1998.

Brandenburg, J. P. The acute effects of prior dynamic resistance exercise using different loads on subsequent upper-body explosive performance in resistance trained men. J Strength Cond Res, v. 19, n. 2, p. 427-32, 2005.

Cronin, J. B.; Hansen K. T. Strength and power predictors of sports speed. J Strength Cond Res, v. 19, n. 2, p. 349-57, 2005.

Dantas, E. H. M. A Prática da Preparação Física. 5ª ed. Rio de Janeiro, RJ, Shape, 2003, p. 27-61.

Ford, H. T. et al. Effects of three combinations of plyometric and weight training programs on selected physical fitness test items. Percept Mot Skills, v. 56, n. 3, p. 919-22, 1983.

Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 9ª ed. Rio de Janeiro, RJ, Guanabara Koogan S. A., 1996, 693-703.

Hakkinen, K. Changes in physical fitness profile in female volleyball players during the competitive season. J Sports Med Phys Fitness, v. 43, n. 3, p. 223-32, 1993. Ito et al. Effects of lifetime volleyball exercise on bone mineral densities in lumbar spine, calcaneus and tibia for pre, peri and postmenopausal women. Osteoporos Int, v. 12, p. 104-11, 2001.

Kato et al. Effect of low-repetition jump training on bone mineral density in young women. J Appl Physiol, v. 100, n, 3, p. 839-43, 2006. Lees, A.; Vanrenterghem, J.; De Clercq, D. The maximal and submaximal vertical jump: implications for strength and conditioning. . J Strength Cond Res, v. 18, n. 4, p. 787-91, 2004.

Martel, G. F. Aquatic plyometric training increases vertical jump in female volleyball players. Med Sci Sports Exerc, p. 1814-19, 2005.

Masamoto, N. et al. Acute effects of plyometric exercise on maximum squat performance in male athletes. .

JStrength Cond Res, v. 17, n. 1, p. 68-71, 2003.

Matavulj, D. et al. Effects of plyometric training on jumping performance in junior basketball players. J Sports Med Phys Fitness, v. 41, n. 2, p. 159-64, 2001.

McArdle, Willian, D.; Katch, Frank I.; Katch, Victor L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 5ª ed. Rio de Janeiro, RJ, Guanabara Koogan S.A.,2003, p. 419-512.

McGOWN, C. et al. Gold medal volleyball the training program and physiological profile of the 1984 olympic champions. Res Q Exerc Sport, v. 61, n. 2, p. 196-200, 1990.

Newton, R. U.; Kraemer, W. J.; Hakkinen, K. Effects of ballistic training on preseason preparation of elite volleyball players. Med Sci Sports Exerc, v. 41, n. 2, p. 323-30, 1999.

Robinson, L. E. The Effects of land vs. aquatic plyometrics on power, torque, velocity, and muscle soreness in women. J Strength Cond Res, v. 18, n. 1, p. 84-91, 2004.

Rodacki, A. L. F. R. et al. O número de saltos verticais realizados durante partidas de volibol como indicador da prescrição do treinamento. Treinamento Desportivo, v. 4, n. 1, p. 31-9, 1997.

Schulte-Edelmann, J. A. The effects of plyometric trainingof the posterior shoulder and elbow. . J Strength Cond Res, v. 19, n. 1, 129-34, 2005.

Spurrs, R. W.; Murphy A. J.; Watsford, M. L. The effect of plyometric training on distance running performance. Eur J Appl Physiol, v. 89, n. 1, p. 1-7, 2003.

Swanik, K. A. The effects of shoulder plyometric training on roprioception and selected muscle performance characteristics. J Shoulder Elbow Surg, v. 11, n. 6, p. 579-86, 2002.

Revista da Universidade Ibirapuera - São Paulo, v. 4, p. 22-31, jul/dez 2012 31

Verkoshanky, Y. V. Treinamento Desportivo: Teoria e Metodologia. Porto Alegre, RS, Artmed, 2001, p. 163-74.

Toumi, H. et al. Effects of eccentric phase velocity of plyometric

training on the vertical jump Int J Sports Med, v. 45, n. 5, p. 391-8, 2004.

Weineck, J. Treinamento Ideal. 9ª ed. São Paulo, SP, Manole, 1999, p. 18-39; 224-376.

Wilson, G. J.; Murphy, A. J.; Giorgi, A. Weight and plyometric training: effects on eccentric and concentric force production. Can J Appl Physiol, v. 41, n. 4, p. 301-15,1996.

Downloads

Publicado

2012-12-20

Edição

Seção

Artigos