Reflexões sobre a importância dos exercícios terapêuticos para o desenvolvimento de uma criança com tetraparesia espástica. Relato de caso

Autores

  • Elizângela Fernanda da Silva¹ ¹Universidade de São Paulo - USP Av. Dr. Arnaldo, 455 - Cerqueira César –São Paulo [email protected]
  • Evelyn de Azevedo¹ ¹Universidade de São Paulo - USP Av. Dr. Arnaldo, 455 - Cerqueira César –São Paulo [email protected]
  • Rosimeire de Jesus Souza¹ ¹Universidade de São Paulo - USP Av. Dr. Arnaldo, 455 - Cerqueira César –São Paulo [email protected]
  • Francis Meire Favero² ²Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
  • Jecilene Rosana Costa-Frutuoso3 3 Universidade Ibirapuera - UNIB
  • Mariana Callil Voos¹ ¹Universidade de São Paulo - USP Av. Dr. Arnaldo, 455 - Cerqueira César –São Paulo [email protected]

Resumo

O presente estudo discute a avaliação motora e funcional e o tratamento, com exercícios terapêuticos, de uma criança com paralisia cerebral com tetraparesia espástica. Foram utilizadas a Gross Motor Function Measure (GMFM), a Gross Motor Function Classification Scale (GMFCS), realizadas anualmente, por seis anos e a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), para descrever as principais características do paciente. A abordagem incluiu atividades lúdicas e enfatizou o controle postural, para a aquisição da adoção e da manutenção da postura sentada. Embora a CIF tenha se mantido, houve melhora na GMFM e na GMFCS no período estudado. Os exercícios terapêuticos contribuíram com o desenvolvimento motor da paciente, favorecendo ganhos motores e funcionais.

 

Abstract

The present study discusses the motor and functional assessment and treatment, with therapeutic exercise, of a child with cerebral palsy, with spastic tetraplegia. The Gross Motor Function Measure (GMFM) and the Gross Motor Function Classification Scale (GMFCS) assessed the child every year, for six years. The International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) characterized the patient. The approach included recreational activities and emphazised the postural control, to facilitate sitting acquisition and maintenance. Although ICF classification did not change, GMFM and GMFCS showed motor performance improvement. Therapeutical exercises contributed to the development of the patient and favored motor and functional gains.



Referências

ANTILLA, H.; AUTTI-RÄMO, I.; SUORANTA, J.; MÄKELÄ,

M.; MALMIVAARA, A. Effectiveness of physical therapy interventions

for children with cerebral palsy: A Systematic

review. BMC Pediatrics, v. 8, n. 14, p. 2-10, 2008.

ASSIS-MADEIRA, E. A.; CARVALHO, S. G. Paralisia cerebral

e fatores de risco ao desenvolvimento motor: uma

revisão teórica. Cad. Disturb. Desenvolv, v. 9, n. 1, p. 142-

, 2009.

BRASILEIRO I. C.; MOREIRA, T. M. M. Prevalência de alterações

corpóreas em crianças com paralisia cerebral. Acta

Fisiatr, v. 15, n. 1, p. 37- 41, 2008.

CARGNIN, A. P. M.; MAZZITELLI. Proposta de tratamento

fisioterapêutico para crianças portadoras de paralisia cerebral

espástica, com ênfase nas alterações motoras. Rev.

Neurociências, v. 11, p. 34-39, 2003.

CHAGAS, P. C. S.; DEFILIPO, E. C.; LEMOS, R. A.; MANCINI,

M. C.; FRÔNIO, J. S.; CARVALHO, R. M. Classificação

da função motora e do desempenho funcional de

crianças com paralisia cerebral. Rev. Bras. Fisioter, v. 12,

n. 5, p. 409-416, 2008.

CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade

e Saúde: OMS; 2003.

FIÚZA, P. M.; MANCINI, M. C.; REBELO, J. M.; MAGALHÃES,

L. C.; COELHO, Z. A. C; PAIXÃO, M. L. ET AL.

Comparação do desempenho de atividades funcionais em

crianças com desenvolvimento normal e crianças com paralisia

cerebral. Arq. Neruopsiquiatr, v. 60, n. 2-B, p. 446-

, 2002.

FUJISAWA, D. S.; MANZINI, E. J. Formação acadêmica

do fisioterapeuta: a utilização das atividades lúdicas nos

atendimentos de crianças. Rev. Brasil. Ed. Esp, v. 12, p.

-84, 2006.

FUNAYAMA, C. A. R.; PENNA, M. A.; TURCATO, M. F.;

CALDAS, C. A. T.; SANTOS, J. S.; MORETTO, D. Paralisia

cerebral, diagnóstico etiológico. Rev. Medicina, v. 33, p.

-160, 2000.

KRIGGER, K. W. Cerebral Palsy: An Overview. American

Family Physician, v. 73, n. 1, p. 91-100, 2006.

MANCINI, M. C.; ALVES, A. C. M.; SHAPER, C.; FIGUEIREDO,

E. M.; SAMPAIO, R. F.; COELHO, Z. A. C. et al.

Gravidade da paralisia cerebral e desempenho funcional.

Rev. Bras. Fisioter, v. 8, n. 3, p. 253-260, 2004.

MAYSTON M. People with cerebral palsy: effects of and

perspectives for therapy. Neural Plasticity, v. 8, n. 1-2, p.

-69, 2001.

MONTEIRO, T.; MONTEIRO, C. B. M. Verificação quantitativa

do estilo de vida dos diferentes quadros da paralisia

cerebral. Rev. Bras. Fisioter, v. 7, n. 5, p. 329-333, 2006.

Revista da Universidade Ibirapuera - São Paulo, v. 7, p. 30-28, jan/jun -2014 30

OLIVEIRA, C. M.; ARAÚJO, A. P. Q. O acesso de crianças

com paralisia cerebral a fisioterapia. Fisioter. Bras, v. 8, n.

, p. 183-187, 2007.

PINA, L. V.; LOUREIRO, A. P. C. O GMFM e sua implicação

na avaliação motora de crianças com paralisia cerebral.

Fisioterapia em movimento, v. 19, n. 2, p. 91-100, 2006.

QUEIROZ, M. V. O.; MOREIRA, T. M. M.; BRASILEIRO, I.

C.; JORGE, M. S. B.; ALVERNE, D. G. B. M. Atividades e

participação de crianças com paralisia cerebral conforme

a Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade

e Saúde. Rev. Bras. Enferm, v. 62, n. 4, p. 503-11, 2009.

REIS, L. A.; SAMPAIO, L. S.; REIS, L. A.; SILVA, P. D.; OLIVEIRA,

T. S.; SILVA, T. G. O uso do lúdico e do simbólico

na paralisia cerebral. Rev. Saúde Com, v. 3, n. 2, p. 10-18,

ROTTA N. T. Paralisia cerebral, novas perspectivas terapêuticas.

J. Pediatr, v. 78, n. 1, 2002. Suplemento 48-53.

SIMARD-TREMBLAY, M. S.; SHEVELL, M.; DAGENAIS,

L.; REPACQ, C. Determinants of ambulation in children

with spastic quadriplegic cerebral palsy: A population-based

study. J Child Neurol, v. 25, n. 6, p. 669-673, 2010.

VASCONCELOS, R. L. M.; MOURA, T. L.; CAMPOS, T. F.;

LINDQUIST, A. R. R.; GUERRA, R. O. Avaliação do desempenho

functional de crianças com paralisia cerebral de

acordo com níveis de comprometimento motor. Rev. Bras.

Fisioterap, v. 13, n.5, p. 390-7, 2009.

WESTBOM, L.; HAGGLUND, G.; NORDMARK. Cerebral

palsy in a total population of 4-11 year olds in southern Sweden.

Prevalence and distribution according to different CP

classification systems. BMC Pediatrics, v. 7, n. 41, p. 1-8,2007.

WICHERS, M.; HILBERINK, S.; ROEBROEK, M. E.;

NIEUWENHUIZEN, O. V.; STAM, H. J. Motor impairments

and activity limitations in children with spastic cerebral palsy:

a dutch population-based study. J Rehabil Med, v.41, p.

-74, 2009.

Downloads

Publicado

2014-06-15

Edição

Seção

Artigos