Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Além do Conselho Federal de Psicologia, aproveitamos esta data para destacar o papel fundamental da Psicologia na prevenção ao suicídio.

Embora não seja amplamente reconhecido como uma questão de saúde pública, o suicídio demanda medidas preventivas que estejam ao alcance de toda a população.

Felizmente, a OMS colocou o tema como prioridade na agenda global de saúde pública, incentivando os países a adotarem estratégias de prevenção com uma abordagem multissetorial para quebrar estigmas e tabus que ainda persistem.

Mesmo com essas medidas, o número de mortes por suicídio é alarmante, atingindo 800 mil em todo o mundo. Um dado muito importante é que “75% dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda”, evidenciando que questões como relações sociais e familiares, exploração econômica e falta de acesso à educação estão profundamente ligadas ao suicídio.

“Quando discutimos a questão do suicídio, precisamos lembrar que vivemos em uma sociedade marcada pela exploração, opressão, desigualdade, competitividade e individualismo”, afirma a psicóloga Ana Sandra, vice-presidente do CFP.

Em alguns casos, a situação pode se agravar ainda mais. O chamado homicídio-suicídio é um fenômeno raro em que pessoas com pensamentos suicidas podem matar outros antes de tirar a própria vida. Isso pode ocorrer, por exemplo, em conflitos com um cônjuge ou parceiro, problemas legais ou financeiros familiares, histórico de problemas de saúde mental, abuso de álcool ou drogas, ou quando há acesso a uma arma de fogo – a maioria dos homicídios-suicídios é cometida com armas de fogo.

Saiba como reconhecer sinais de pessoas em risco:

  • Falar sobre suicídio – por exemplo, fazer declarações como “Eu vou me matar”, “Eu gostaria de estar morto” ou “Eu queria não ter nascido”;
  • Ausência ou abandono de planos futuros e sentimento de desesperança;
  • Obter os meios para cometer suicídio, como comprar uma arma ou estocar medicamentos;
  • Isolar-se socialmente e querer ficar sozinho;
  • Apresentar mudanças de humor, como ser emocionalmente eufórico em um dia e profundamente desencorajado em outro;
  • Demonstrar preocupação excessiva com a morte, violência ou, de forma oposta, tratar esses temas com desdém ou sarcasmo;
  • Sentir-se preso ou sem esperança em relação a uma situação;
  • Aumento ou mudança no padrão de uso de álcool ou drogas;
  • Mudança significativa na rotina normal, incluindo hábitos alimentares ou de sono;
  • Praticar comportamentos arriscados ou autodestrutivos, como usar drogas, dirigir imprudentemente ou buscar brigas;
  • Dizer adeus às pessoas como se não fosse vê-las novamente;
  • Mostrar alterações de personalidade ou estar gravemente ansioso ou agitado, especialmente quando exibindo alguns dos sinais acima.

Se você estiver passando por essa situação, considere as seguintes ações:

  • Por mais difícil que seja, é importante lembrar que pensamentos suicidas podem passar e que a pessoa ficará melhor ao buscar ajuda.
  • Não fique sozinho e procure ajuda imediatamente.
  • Converse com um amigo, familiar ou líder religioso.
  • Se não encontrar alguém para conversar, ligue para o CVV – Centro de Valorização da Vida – pelo telefone 188 ou acesse cvv.org.br. Há pessoas prontas para ouvir e ajudar 24 horas por dia.
  • E, o quanto antes, procure ajuda de um psiquiatra. Se não tiver acesso imediato a um psiquiatra, busque primeiro ajuda com qualquer outro médico ou profissional de saúde, que poderá fornecer o encaminhamento necessário.

Lembre-se: por mais difícil que o momento pareça, é possível superá-lo!

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